quinta-feira, 2 de maio de 2013

Encontro da rede GAAA reúne grupos para integrar ideias



Integrantes de diversos grupos que apostam na diversidade como ferramenta no desenvolvimento de PROJETOS SOCIAIS e culturais estiveram reunidos no 1º Encontro Estratégico de Planejamento e Organização do Grupo de Ação Afirmativa Afrodescendente (GAAA) organizou o evento que contou com mais de 30 pessoas.

Entre os convidados compareceu Santiago Neto, do Instituto Estadual de Música  que alertou sobre a necessidade de maior postura dos músicos  e apresentou os incentivos disponíveis aos artistas: “Agora, em 2013, estamos focados  na capacitação! Várias oficinas já estão programadas ao longo do ano e irão abranger profissionais que trabalham em estúdio, no show e o roadie.” 

Representando o Movimento Quilombista, o professor Pernambuco também reforçou a necessidade de ações coletivas e da qualificação. “Precisamos de pequenos núcleos com os mesmos objetivos, que não briguem entre si. Os nossos antepassados já nos mostraram o que é unidade. O que aprendemos nas escolas é padrão dos europeus, que ignora minha cultura, desrespeita meu cabelo, meu nariz chato e assim, perco a minha identidade. Por isso, também necessitamos de cursos para nos qualificarmos, porque não adianta ficar só reclamando, é preciso agir!”
Professor Pernambuco

Também compareceram os integrantes do Congresso Negro Internacional Etíope Africano. Conhecidos como rastafáris, o grupo mantém uma propriedade em Águas Claras, próximo a Porto Alegre, na qual cultivam alimentos e atuam em construção e jardinagem. O Jah Fernando explicou “A primeira proposta do congresso é a liberdade, restituir direitos que foram roubados. Não queremos apenas verba, mas ampliar conhecimento e poder levar ao povo negro a sua história e esclarecer a cultura rastafári. Junto queremos interagir, aprender e ouvir.”
Jah Fernando, do Congresso Negro Internacional Etópe Negro

O agente cultural Claudiomar Carrasco Martins,  levantou uma curiosidade:"Existe alguma rua com o nome de algum lanceiro negro em Porto Alegre? Alguém sabe o nome de algum desses guerreiros?". A falta de respostas para questionamentos como estes reforçam a necessidade de maior valorização da cultura negra. Carrasco ainda intensificou: "Ignorância ética é quando a cor da pele determina a raça. Preto é cor, negro é raça!".
Carrasco, produtor cultural 


O incentivo à cultura Hip Hop  vem da cidade de Cachoeirinha, com a associação A4, que existe há 10 anos. "Queremos mostrar à nossa juventude que eles podem ser artistas. Não precisam ser marginais, maloqueiros. Por isso estamos ainda em construção, procurando parcerias ressaltaram os representantes da entidade.
Representantes de A4, associação de Cachoeirinha


Ainda, os moçambicanos e atuais estudantes de antropologia da UFRGS,  Segone Cossa e Fernando Tivane, mostraram algumas peças da grife de moda africana que produzem. 
Segone Cossa e Fernando Tivane mostraram a sua arte


Depois, uma churrascada completou a tarde de bate-papo.







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