quarta-feira, 27 de março de 2013

Rainha Nzinga Mbande


Nzinga Mbande: conheça a história da rainha quilombola de Angola

Nzinga Mbande: conheça a história da Rainha quilombola de Angola
O secretário de Estado da Cultura de Angola, Cornélio Caley, afirmou em Luanda, que a rainha negra Nzinga Mbande foi uma das figuras mais importantes para o país e um verdadeiro mito na memória dos afro-descendentes.
O ministro fez esta afirmação quando procedia a abertura do colóquio sobre a rainha, organizado pela Unesco com o apoio do Ministério da Cultura de Angola. 
Para o também historiador, estes afro-descendentes, a todo momento, pensavam que a rainha viria para salvá-los da opressão, pelo que foi assim invocada e cantada na calada da noite.
“Hoje Nzinga Mbande continua a ser invocada na literatura, na história, no teatro, enfim, em todas as actividades acadêmicas”, asseverou.
Segundo alguns investigadores, Nzinga Mbande teria aprendido com o seu pai, Ngola Kiluanje (rei do Ndongo), a arte de governar, assim que atingiu a maturidade, num momento em que os portugueses tentavam, a todo custo, adquirir mão-de-obra escrava e barata nas terras de Nzinga.
“A rainha Nzinga Mbande aparece na cena política com o lema de resistência e procurou, por todos os meios, lidar com o inimigo em pé de igualdade, recorrendo a astúcia possível, criando alianças ora com o Congo, ora com os holandeses. Converteu-se ao catolicismo com o fim de abrandar a ira do inimigo, pois queria assim uma espécie de uma aliança tácita”, indicou.
Nzinga tornou-se principal aliada dos escravos fugidos, promovendo-os para cargos de destaque na hierarquia militar.
Deste modo, disse Cornélio Caley, ela foi ao encontro dos desprotegidos, libertando-os da ganância daqueles que os queriam vender a qualquer preço, lançando assim para a posteridade a causa pela defesa do ego nacional e levantando o punho da liberdade da nação do Ndongo.
Episódio ilustre
Um episódio revela bem as qualidades de Nzinga, conhecida também como Rainha Ginga. Quando ela se apresentou como embaixatriz em Luanda, o governador a recebeu numa sala onde havia apenas uma cadeira e uma almofada. O governador oferece-lhe a almofada, o que Nzinga recusa por ofender a sua dignidade real e senta-se no corpo ajoelhado de um dos acompanhantes da sua corte, eliminando a posição de inferioridade que sutilmente lhe era oferecida pelo governador.
Quando a audiência terminou, a escrava estava na mesma posição.
A rainha despertou o interesse dos iluministas como a criação de um romance inspirado nos seus feitos (Castilhon, 1769) e citação na Histoire Universelle (1765). Obteve vitórias e uma relativa paz até morrer aos 82 anos de idade.
De tão famosa em Angola, a rainha já foi homegeada no carnaval do Rio de Janeiro pela escola de samba Unidos de Vila Isabel. Em um enredo sobre o país, a carnavalesca Rosa Magalhães destacou que apesar de Nzinga ter um harém com mais de 200 homens, ela foi uma das mulheres mais respeitadas na história do país africano.

terça-feira, 26 de março de 2013

Oficina Comunicação pela Tradição Viva


Oficinas de Cultura e Tradição Africana, envolvendo a Cultura da Oralidade, Capoeira, Samba de Umbigada e Ritmos, serão ministradas pelo Mestre Renato.
Renato Oliveira Soares é Mestre de Capoeira e Artesão na construção de tambores, berimbau e outros instrumentos tradicionais.
As oficinas acontecerão nas segundas e quartas, das 15h às 17h nas dependências do Museu da Comunicação Hipólito José da Costa, durante quatro meses, a partir do mês de fevereiro.
Em cada dia da semana será abordada uma das formas de comunicação. Através de inscrições, que poderão ser para um ou dois dias (segunda, ou quarta, ou segunda e quarta).
Público participante: As oficinas serão abertas à comunidade com numero máximo de 30 participantes.
Informações: inscricoeshipolito@gmail.com

Disque Racismo


A Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial do Distrito Federal (Sepir/DF) lançou na última quarta-feira, 20 de março, o Disque Racismo. O serviço público vai receber, acolher e acompanhar denúncias de caráter discriminatório étnico-raciais ocorridas no DF, além de oferecer assistências psicológica e jurídica às vítimas. O número é o 156, que já está funcionando.
Inédito no Brasil, o Disque Racismo é um serviço de proteção aos direitos das populações negra, indígena, quilombola, cigana e ribeirinha, e de zelo e manutenção das religiões de matrizes africanas.
Segundo o secretário da Sepir, Viridiano Custódio Negrito, “os negros e pardos correspondem a 54% da população do DF. Com a iniciativa, o Distrito Federal se torna a primeira unidade da federação livre do racismo”.
Para o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, a iniciativa “servirá de mecanismo de articulação de políticas e diretrizes da promoção da igualdade e direitos”. Agnelo disse ainda que Brasília não tem espaço para o racismo “queremos tolerância zero ao racismo e a qualquer discriminação. Brasília é um lugar que agrega todos os povos do Brasil”.

Segundo a ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do governo federal, Luiza Bairros, “a existência do Disque Racismo é uma afirmação do GDF para a população negra do DF de que nós temos direitos nessa sociedade e nós temos e podemos fazer valer esses direitos.”

Tags: 156, denuncia, denuncias, destaque, DF, Disque racismo, Distrito Federal, racismo, racista

Hair Brasil

" Ministério da Industria e Comércio apoia iniciativa da Antab e do Circuito Internacional de Negócios Brasil-África e confirma participação no Seminário de Cooperação Brasil-África na Hair Brasil"


A 12ª Feira Hair Brasil, será sede do 1º Seminário Internacional de Cooperação e Investimentos Brasil-África nos setores de beleza, cosméticos e moda.
Evento idealizado e coordenado pela Associação Nacional do Turismo Afro Brasileiro (ANTAB) em parceria com o Circuito Internacional do Afro  Negocio , terá sua realização no dia 06 de Abril das 14 ás 16 horas com a participação do Ministério do Desenvolvimento Industria e Comércio Exterior, do Ministério das Relações Exteriores, da Secretaria da Promoção da Igualdade Racial do Gabinete da Presidência da República, além de representações diplomaticas do países africanos com embaixadas no Brasil.
O objetivo do evento é mostra o potencial do continente africano, como opção para empresas brasileiras do setor que tenham interesse em exportar produtos. Outro aspecto importante do seminário será o lançamento do projeto AFRO NEGÓCIO BRASIL -EMPREENDEDOR ,o roteiro de turismo de negócios e cultura " Minas Gerais-Bahia-Espirito Santo ", as feiras Expo Beleza Show , Expo Saúde e Expo Afro Fashion Show ( feira direcionada para negócios do setor de cosméticos Brasil-
África )  no espaço do Sebrae Nacional.

O Vice Consul de Angola, senhor José Maria Alves Fernandes estará destacando realizando palestra sobre ANGOLA, também a Câmara de Comércio Afro-Brasileira terá no seu presidente Senhor Abel Domigos seu representante como palestrante.
Além destas personalidades, também farão palestra no evento, o empresário Angelo Freitas - Diretor Presidente da marca Onduladus, o senhor Iesser Lauar - Vice Presidente da Fecomercio de Minas Gerais e o Senhor Francisco Henrique Silvino - Presidente da Antab e Coordenador do Circuito do afro Negócio.
Em 2010 foi realizado pela Antab, o primeiro encontro envolvendo Brasil e África para discutir ações de viabilidade e facilitação para empresas, micro empresas e empreendedores brasileiros junto ao mercado africano, com a participação do Consul Geral da África do Sul senhor Ysuf Omar, representantes da Nigéria, Cabo Verde e Guiné Bissaú.


Fonte Paulo Cesar
Assessor de Imprensa da ANTAB

Modelos protestam contra o estilista Ronaldo Fraga na Av.Paulista

Em protesto ao estilista Ronaldo Fraga, que utilizou durante o desfile na São Paulo Fashion Week perucas e apliques de palha de aço,  modelos negras desfilaram nesta segunda-feira (25), na Avenida Paulista, em São Paulo.

Nesta segunda, durante o protesto, as modelos desfilaram na calçada da Avenida Paulista. O evento A ação, organizada por uma agência de modelos negras, trouxe mulheres usando a palha de aço como tecido nas roupas e, na cabeça, panos coloridos.

O grupo contesta as perucas idealizadas por Fraga em parceria com o maquiador Marcos Costa. Elas se tornaram alvo de um debate sobre racismo, que ganhou dimensão nas redes sociais. Em entrevista na ocasião, Fraga disse que sua proposta não foi entendida. “Quando acordei e vem essa acusação de racismo, eu pensei: gente, o que aconteceu, que mundo é esse?”

O estilista negou que tenha ficado frustrado, mas afirma que jamais pensou na associação da palha de aço com a questão racial. O material remete às antenas dos aparelhos de televisão, que antigamente recebiam bolinhas de bombril em suas pontas para melhorar a imagem da transmissão dos jogos de futebol.

(Fonte: G1)



segunda-feira, 25 de março de 2013

Verdade sobre a Ditadura Militar


1º de abril
Conheça a VERDADE sobre a Ditadura Militar e o golpe praticado contra a Democracia em 31 de março de 1964.
Dia 1º de abril de 2013 – segunda-feira, às 19h
Auditório da FACENSA – Faculdade Cenecista Nossa Senhora dos Anjos
Avenida José Loureiro da Silva, 1991 – Centro – Gravataí
Entrada gratuita e atividades para crianças
O que foi a “Revolução” pregada pelos adeptos do Regime Militar? Como viveram aqueles momentos do golpe as pessoas que defendiam a justiça social, a democracia e os direitos humanos? Que Operação Condor foi essa que torturou, provocou mortes e o desaparecimento de “gente subversiva” no país? Por que tantos dados continuam sigilosos?
A sociedade não estaria, agora, merecendo um resgate histórico para dizer “Golpe Nunca Mais?”
São questionamentos que merecem uma resposta. Afinal, temos direito à memória e à verdade. Por isso, a comunidade é convidada para o encontro que vai abordar “DIREITOS HUMANOS, MEMÓRIA E JUSTIÇA”, com a exibição do documentário Com Dor, tratando do período dos anos de chumbo vividos entre 1964 e 1985.
O evento contará com a presença especial da professora e cineasta Giancarla Brunetto, especialista em Direitos Humanos (Ufrgs) e Escola Superior do Ministério Público da União. A palestrante convidada é idealizadora do projeto Minutos de Silêncio e produz curtas-metragens de temas ligados à educação e aos direitos humanos, com diversas premiações.
Apoio: FACENSA
Promoção: Cúpula dos Povos do Vale do Gravataí

domingo, 24 de março de 2013

Um Omelete no Travesseiro


Um omelete no travesseiro
O acordo entre as lideranças partidárias que deu de bandeja ao Partido Social Cristão a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara possibilitou ao país assistir a um movimento inédito: um presidente de claras inclinações racistas e homofóbicas ser eleito representante das minorias sobre as quais nutre um desprezo declarado.
O pastor Marco Feliciano foi autor de diversas declarações públicas, puramente racistas e homofóbicas, que reproduzem o ódio e a intolerância aos LGBTs e aos negros. “A AIDS é o câncer gay”; “a maldição que Noé lança sobre seu neto, Canaã, respinga sobre o continente africano, daí a fome, pestes, doenças, guerras étnicas (...) (...) a África é um continente amaldiçoado”; são algumas das pérolas de seu pensamento. Tão logo seu nome foi aventado, multiplicaram-se reações contrárias à sua indicação. Não obstante, foi eleito com 11 votos a favor e apenas um branco. Terá agora, oficialmente, a chance de combater por dentro o que chama de privilégio de uma minoria rude e barulhenta. Uma minoria cujas bandeiras ele reluta em reconhecer como legítimas.
Ainda que se tenha de respeitar e conviver com o pensamento divergente, não há como não reconhecer que a sua eleição representa um paradoxo, uma inadequação, para não dizer um absurdo retrocesso. Os dias de hoje produzem uma sensação de urgência e favorecem tendências fundamentalistas, mas isso também, inegavelmente, prejudica dramaticamente o discernimento e a tolerância para debater visões diferentes e a pessoa do pastor Feliciano, por tudo o que ele disse e por tudo o que dele se disse, certamente não conduzirá a Comissão de Direitos Humanos e Minorias a um bom debate. O que se esperar de quem discrimina minorias discriminadas que bem ou mal agora formalmente as representa; ou o que se esperar de quem a partir de agora será o responsável por receber e encaminhar investigações de abusos que hoje evita reconhecer a gravidade.
Para além da indignação com a eleição, é preciso entender que isso não ocorreu por acaso. A distribuição do comando das comissões segue o tamanho da bancada de cada legenda; cada líder partidário escolhe quais comissões a sigla deve presidir. A Comissão de Direitos Humanos foi a penúltima a ser escolhida pelos líderes partidários; ou seja, outras 19 comissões eram consideradas mais importantes. Dias antes fomos brindados com a escolha de Calheiros para a presidência do Senado, ele mesmo que renunciou em 2007 diante de denúncias de corrupção; agora, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias é entregue a um inacreditável pastor Feliciano, um sujeito incapaz de compreender sua própria inadequação. Algo como um omelete no travesseiro (BAUMANN – algo completamente fora do lugar). Isso demonstra a absoluta falta de sintonia do parlamento com a lucidez e indica mais uma vez, que as mudanças e os avanços esperados, de lá é que não virão.
Mauro Borba
Diretor de Direitos Humanos da AJURIS

FONTE: Artigo do diretor de Direitos Humanos da AJURIS,
Mauro Borba, publicado na edição de hoje (22/3) do jornal O Sul.

quinta-feira, 21 de março de 2013

AMAVIB - Vila Barracão

 
No dia 16 de março, a Associação de Moradores e Amigos da Vila Barracão - AMAVIB, realizou mais um evento chamado de Volta as aulas, com a distribuição de material escolar às crianças da comunidade.
Construindo um novo amanhã - Projeto VIRANDO CIDADÃO.

Curso Relações Étnico-Raciais


Começa curso sobre relações étnico-raciais para servidores

08/03/2013 10:44:20

Teve inicio na quinta-feira, 7, no auditório da Secretaria Municipal de Administração o curso Educação para as Relações Étnico Raciais, promovido pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos, através da secretaria adjunta do povo negro em parceria com a escola de gestão pública municipal. Com o auditório completamente lotado a aula inaugural foi ministrada pelo sociólogo e educador negro André Luis Pereira, que abordou o período da colonização à abolição. 
 
Escravidão e tráfico negreiro e a história dos quilombos no Brasil também foram alguns dos tópicos desenvolvidos durante a tarde pelo educador, com a participação ativa dos presentes.O curso, que tem como público-alvo servidores municipais, terá uma carga horária de 40 horas,  e se estende até o mês de julho com aulas a cada 15 dias. 
 
Segundo a secretária-adjunta do povo negro Elisete Moretto, o objetivo desta atividade é refletir sobre a condição da população negra no município de Porto Alegre e nos contextos estadual e nacional. Entre os conteúdos que serão desenvolvidos até o próximo dia 18 de julho estão contexto histórico da questão racial no Brasil, racismo, discriminação e preconceito. Racismo e sociedade, uma visão sobre o município de Porto Alegre, é outra temática. Além de assistência social a comunidades tradicionais em Porto alegre e, por fim, o negro na política.

Povo Negro


Secretária-adjunta do Povo Negro alinha políticas em Brasília
Secretário Luciano Marco Antônio e secretária-adjunta Elisete Moretto
A secretária-adjunta do Povo Negro, Elisete Moretto, da Secretara Municipal de Direitos Humanos, estará nesta quinta-feira, 21, em Brasília, onde participa de evento em comemoração aos dez anos de criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). Também participam do evento a presidente Dilma, a titular da pasta, Luiza Helena de Bairros, e autoridades internacionais, como o embaixador da África do Sul no Brasil, Mperakama Mbete. A solenidade será realizada às 10h, na Sala Villa Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santos.

Posteriormente, a secretária terá duas agendas a cumprir, uma na Fundação Cultural Palmares, com a procuradora Ludmila Rolim Gomes de Farias e a chefe de Gabinete, Marta Rosa, para tratar de parcerias e alinhar políticas públicas para o segmento negro de Porto Alegre com o governo federal. A outra agenda será às 14h30, na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, onde Elisete deverá apresentar os projetos de Porto Alegre e estabelecer parcerias com o ministério. No final da tarde, a secretária-adjunta do Povo Negro participará do lançamento da 3ª Conferência da Promoção da Igualdade Racial.

"Todas as ações que estamos implementando visam ao resgate de políticas de promoção da igualdade racial, num programa amplo e nacional afinado com as diretrizes do governo federal", afirma Elisete. Para o secretário Luciano Marcantônio, a iniciativa vem ao encontro das aspirações do segmento negro na Capital e responde às solicitações do prefeito José Fortunati no sentido de uma política integrada que leve melhor qualidade de vida a todos.

Negro é Lindo


Negro é lindo, seu cabelo é lindo, sua pele é linda, sua história de luta e de resistência é linda. Mas, sua beleza e valor só são conhecidos pelos negros/negras e quase negros porque há um grupo maravilhoso que faz barulho há muito tempo, um grupo pequeno, se considerarmos o quantitativo. São negros e negras em movimento e o movimento negro que lutam desde que o primeiro africano veio "ralar" para os portugueses que "descobriram" o Brasil. A luta era e é para que tenhamos amor, carinho e respeito pelos nossos traços ancestrais. É duro, não é uma tarefa nada fácil, ainda mais quando temos a eterna comparação dos traços do negro/negra com o exotismo do animal ou de coisas. Lembram da propaganda do Bombril Assolan, entre outras coisas, que depreciam a humanidade do ser negro.

Agora é a vez da moda que reinventa a moda de como sempre revisitar os estereótipos sobre o negro e suas características. Fica difícil uma criança negra ou quase negra deixar seus cachos naturais, aprender a lidar com ele, amá-lo e cuidar dele com carinho se a mídia, a sociedade diz que seu cabelo é tão bom que dá para limpar panelas. É uma perversidade... convenhamos...

Cabelo bombril: penteado feito com palha de aço é aposta inusitada

Dividindo espaço com grampos e sprays fixadores, na bancada do backstage do desfile de Ronaldo Fraga, um material inusitado: palha de aço. Em uma homenagem aos negros à chegada do futebol no Brasil, o beauty artist Marcos Costa criou um penteado usando uma faixa do utensílio metalizado. Essa servia como uma tiara na cabeça das modelos, presa com grampos extratégicos envolvendo os fios presos em um coque baixo. "O susposto cabelo ruim é na verdade uma escultura em potencial", disse. 

Representando a alegria do esporte, Marcos apostou em batons coloridos (algumas modelos ganharam laranja, enquanto outras usaram rosa - todos os produtos eram da Natura). Para completar, uma pele com base leve finalizada com pó bronze nas maçãs do rosto. 



Leia a crítica do Blog de Hernani Francisco da Silva:

O que acontece com eles, que resolveram ser "legais" para com os negros.
Já não é a primeira vez que sob pretexto de prestigiar algo relacionado ao negro e a sua cultura. Racistas velados ou mau informados, frutos de uma sociedade com análises racistas, tenta nos "homenagear". Por certo, que a próxima falar será "foi um mal entendido, era uma homenagem. Eu não sabia que ia ofender..."

Fazer analogia do bombril com o cabelo negro, é nos remeter a uma situação racista e constrangedora. Onde o negro tem seu núcleo básico de força abalado, ou seja: AUTO-ESTIMA, que foi e é alvo desde sempre de várias investidas racistas, na tentativa de inferiorizar a raça negra.

"Só que não", a ação de Ronaldo Fraga, é um racismo camuflado na moda Brasil, e não passará desapercebido. Cabendo ao movimento negro, o incomodo as autoridades para retirada e pedidos público de desculpa, por este gesto que ofende nossa dignidade.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Combate ao Racismo


Dia Nacional de Combate ao Racismo reforça a luta


Em 2011, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmava, no site do Ministério da Saúde, que o preconceito racial ainda é uma realidade no Brasil e isso se reflete em todos os setores do País, inclusive na área da saúde. Por esta razão, neste Dia Nacional de Combate ao Racismo, o Ministério da Saúde reforça a importância do combate à discriminação para melhorar o acesso à saúde dentro do Sistema Único de Saúde. 

Para o ministro Alexandre Padilha é necessário acabar com esse tipo de preconceito entre os profissionais da rede pública. "Os preconceitos que existem são preconceitos que estão arraigados na forma como a instituição se organiza, como o serviço se organiza, como os profissionais foram formados, a cultura institucional da própria instituição. Nós queremos envolver os secretários estaduais e municipais em uma campanha permanente de combate do racismo institucional nos serviços públicos e privados de saúde", ressalta Padilha. 

Na ocasião da entrevista, a, então, diretora do Departamento de Apoio à Gestão Participativa do Ministério da Saúde (DAGEP/MS), Julia Roland, a comunidade negra merecia uma atenção especial do Governo Federal para diminuir os episódios de discriminação racial no SUS, reconhecendo o 
preconceito dentro da rede pública de saúde. 

"Uma das lutas que o Ministério da Saúde vem fazendo é exatamente no sentido de procurar implementar políticas para tratar de forma diferenciada aquelas parcelas da população que sofrem mais desigualdade, entre elas, a população negra. Tem que ter uma abordagem diferenciada para melhorar suas condições de saúde”, acredita a diretora. 

Como uma das estratégias desenvolvidas no Programa de Enfrentamento ao Racismo Institucional no SUS foi, em 2011, a assinatura de um acordo para adesão à campanha "Igualdade Racial é Pra Valer", entre o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros.

Fonte: www.portal.saude.gov.b

Oficinas de Cultura e Tradição Africana


Oficinas de Cultura e Tradição Africana, envolvendo a Cultura da Oralidade, Capoeira, Samba de Umbigada e Ritmos, serão ministradas pelo Mestre Renato.
Renato Oliveira Soares é Mestre de Capoeira e Artesão na construção de tambores, berimbau e outros instrumentos tradicionais.
As oficinas acontecerão nas segundas e quartas, das 15h às 17h nas dependências do Museu da Comunicação Hipólito José da Costa, durante quatro meses, a partir de 1° de abril.
Em cada dia da semana será abordada uma das formas de comunicação. A participação se dará mediante inscrições, com valores correspondentes para um ou dois dias (segunda, ou quarta, ou segunda e quarta).
Mensalidade:
Duas vezes na semana
R$ 100,00 público em geral R$ 80,00 estudantes
Uma vez na semana
R$ 50,00 público em geral R$ 40,00 estudantes
Para pagamento do valor total do curso há desconto de 20%
R$ 320 público em geral R$ 260,00 estudantes

As oficinas comportarão o numero máximo de 30 participantes.
Informações e inscrições: inscricoeshipolito@gmail.com

O Adeus a Emílio Santiago


Emílio Santiago nasceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de dezembro de 1946. Apesar de ser formado pela Faculdade Nacional de Direito, a música sempre falou mais alto em sua vida. No ínicio, foi influenciado por cantores como Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto e Anísio Silva. Depois, deixou-se levar pela bossa nova e a voz e violão do ícone João Gilberto.
Ainda na faculdade, começou a cantar em festivais e participou do programa de calouros A Grande Chance, apresentado por Flávio Cavalcanti, que o levou a gravar o primeiro compacto: Transas de Amor. Em 1975, gravou seu primeiro disco, intitulado Emílio Santiago, que o levou a ser conhecido nacionalmente. Em 1982, venceu o festival MPB Shell, da TV Globo, cantando Pelo Amor de Deus.
Chegou a cantar em diversos bares e casas noturnas no Rio de Janeiro e em São Paulo e, em 1985, foi escolhido como melhor intérprete no Festival dos Festivais, da TV Globo. Três anos depois, recebeu o convite de Roberto Menescal e Heleno Oliveira para fazer o primeiro disco da série Aquarela Brasileira, releitura de músicas clássicas da cultura brasileira. O projeto de sete discos foi um sucesso imediato e a série ultrapassou a marca de quatro milhões de cópias vendidas.
Apresentou-se na Europa e nos Estados Unidos e chegou a ser comparado a Johnny Mathis pelo crítico Stephen Holden, do New York Times, que o viu certa vez en um show no Ballroom, em Nova York. Em 2000, assinou com a Sony Music e gravou Bossa Nova, uma grande regravação de clássicos do gênero.

O cantor morreu aos 66 anos, às 6h30 desta quarta-feira (20), no Rio de Janeiro. Ele estava internado no CTI (Centro de Terapia Intensiva) do Hospital Samaritano, no bairro de Botafogo, devido a complicações causadas por um AVC (Acidente Vascular Cerebral). 

O cantor havia sido internado no hospital no dia 7 de março, com um quadro de AVC isquêmico.

terça-feira, 19 de março de 2013

Parlamento e Racismo na Mídia


Debate marca lançamento da publicação Parlamento e Racismo na Mídia
A análise, fruto da parceria do Inesc e da ANDI, traça um retrato apurado da maneira como as redações de diversas regiões brasileiras acompanham o envolvimento dos/as parlamentares na pauta específica da questão racial.
Na próxima quarta-feira, 20/3, a partir das 8h30, o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e a Frente Parlamentar pela Igualdade Racial e em Defesa dos Quilombolas realizam café da manhã para lançar a publicação “Parlamento e Racismo na Mídia”. O evento acontecerá no restaurante do Anexo IV da Câmara dos Deputados, que fica no 10º andar.
O café da manhã reunirá um público composto por representantes da sociedade civil que defendem a igualdade, acadêmicos, parlamentares e integrantes da mídia. A publicação foi realizada pelo Inesc e a pesquisa que a originou foi desenvolvida pela Andi: Comunicação e Direitos. O objetivo da análise é traçar o retrato apurado da maneira como as redações de veículos de diversas regiões brasileiras acompanham o envolvimento dos/as parlamentares na pauta específica da questão racial.
O cenário da falta de representação do/a negro/a no parlamento já é desolador. Embora representem mais de 50% da população brasileira, segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, os/as negros/as são minoria no Parlamento brasileiro, representando menos de 10% do total de parlamentares. De acordo com levantamento realizado pela União de Negros pela Igualdade (UNEGRO), dos/as 513 deputados/as federais, somente 43 se reconhecem como negros/as. Dos/as 81 senadores/as, apenas dois são negros/as.
Se por um lado existe uma ausência dos negros/as no legislativo, a pesquisa demonstra também a dificuldade da mídia em tratar o tema racismo. Mais da metade dos 401 textos analisados (56,1%) não menciona o conceito de racismo. As notícias afastam-se do debate histórico, filosófico, sociológico e antropológico sobre o fenômeno, ainda que abordem mecanismos de combate ao racismo (tais como cotas e legislação na área).
Embora parte significativa das notícias (35,4%) admita a existência do racismo, a grande maioria (83,4%) do noticiário trata de maneira geral a questão da igualdade/desigualdade racial, o que não é o mesmo que tratar de racismo.
Debate do Café da Manhã
Durante o evento, será realizado um debate sobre o texto a ser lançado com a presença dos autores do estudo e especialistas sobre o tema. José Antonio Moroni, membro do colegiado de gestão do Inesc; Veet Vivarta, secretário executivo da Andi: comunicação e direitos; Luiz Alberto, deputado do PT/BA; e Cleidiana Ramos, jornalista do A Tarde, da Bahia serão os debatedores.
Fonte:http://www.inesc.org.br/

sexta-feira, 15 de março de 2013

Lanceiros Negros


No mês de fevereiro o Gaaa esteve em visita a Cidade de Piratini 
para resgatar a história dos Lanceiros Negros, além de fechar parceria com  a prefeitura de Piratini.
Estiveram reunidos o Coordenador Executivo da Rede GAAA  o Sr. Gilberto Manoel Soares, o Prefeito Sr. Vilso Agnelo da Silva Gomes, o representante da Associação Supre Vida de Pelotas, Professor Ricardo Candiota,a Coordenadora Educacional do GAAA, Sra. Suzana C. C. Coustódio e o Secretario da Cultura de Piratini, Sr. Sérgio Moacir Rodrigues de Castro, agradecemos ao Prefeito  pela acolhida.

quinta-feira, 7 de março de 2013